Exposição leva ao CCBB período de resistência à ditadura

Exposição “Resistir é Preciso” mostra a resistência dos meios de comunicação durante a ditadura militar

ccbb

“Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados”. A frase do jornalista Vladimir Herzog, assassinado em 1975 pela ditadura militar, poderia servir como pedra de toque à exposição “Resistir é Preciso”, organizada pelo instituto que leva o nome do jornalista. A exibição é organizada em parceria com o Ministério da Cultura e com o Banco do Brasil e após apresentada na capital federal, seguirá para São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

História

Organizada em ordem cronológica, a exposição irá contar a história da resistência à ditadura militar (1964-1985), período no qual intelectuais, artistas, sindicatos, estudandes jornalistas, trabalhadores e outros setores da sociedade lutaram pela democracia e justiça social.

No Centro Cultural Bando do Brasil de Brasília, onde ela será apresentada pela primeira vez, o história da resistência será dividida em dois andares, nos quais serão dispostas obras de grandes artistas brasileiros como Hélio Oiticica, Cildo Meireles e Ivan Serpa. Também estarão expostas as publicações da época, feitas na forma de cartazes, manifestos, capas de jornais oficiais e clandestinos e etc.

Alípio Freire

A coleção de Alípio Freire, jornalista, ex-preso político, também estará exposta. O jornalista reuniu obras de artistas que produziram durante o cárcere, artistas como Sérgio Freire, Flávio Império, Sérgio Ferro e Takaoka, feitas no presídio Tiradentes, em São Paulo. A mostra traz também ilustrações de Rubem Grilo, ilustrador de publicações como Movimento, Opinião e Pasquim da década de 1970.

Segundo a organização do evento, “A exposição ‘Resistir é preciso’ possibilita aos jovens conhecer melhor as lutas pela reconstrução democrática, ocorridas nas décadas de 1960 a 1980, incluindo as diversas correntes de oposição ao regime militar. A atuação da imprensa na clandestinidade, no exílio e nas bancas faz parte de um cenário pouco conhecido pelo público atual, apesar de ter cumprido um papel relevante durante todo o processo de redemocratização do País.”

Percurso

Em Brasília, a exposição ocorrerá do dia 6 de agosto até 22 de setembro. Em seguida ficará em São Paulo de 12 de outubro a 6 de janeiro do próximo ano. Em 2014, a mostra passará também pelo Rio de Janeiro, de 12 de fevereiro a 7 de abril, e Belo Horizonte, de 5 de agosto a 5 de outubro.

 

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